Guazzelli & Torrano, um passo à frente na TI
O escritório de advocacia porto-alegrense Guazzelli & Torrano investiu em TI como uma forma de diferenciar seus serviços em um mercado ainda muito apegado ao papel. Hoje os clientes da empresa têm acesso pela internet a até 70% do conteúdo dos processos envolvendo seu nome.
São cerca de 20 mil ações judiciais digitalizadas e gerenciadas eletronicamente pela equipe da Guazzelli & Torrano, parceira da Soluzzione Expansão de Negócios que atende a organizações do porte do Grupo Abril, TVA, Globo e Editora Scipione.
Além de disponibilizar acesso às principais partes dos litígios, o sistema criado internamente pelo escritório gaúcho permite emitir relatórios com os principais queixas registradas nos processos e as cidades onde os mesmos foram iniciados.
“Assim nosso cliente pode agir preventivamente, evitando o custo e o desgaste de novos processos”, explica Telma Cecília Torrano, uma das sócias do escritório.
Cecília destaca que a característica da maioria dos integrantes da carteira da Guazzelli & Torrano é atuar na área de serviços, o que os deixa especialmente expostos a ações no Tribunal de Pequenas Causas por supostas violações do Estatuto de Defesa do Consumidor.
A necessidade de sistemas informatizados para gerenciar processos judiciais – que por outro lado vem sendo estimulada pelo judiciário, principalmente em nível federal -, deve crescer com a chegada de multinacionais ao país via aquisições de empresas brasileiras.
As corporações européias, por exemplo, trabalham com a noção de que os contatos preliminares documentados entre comprador e vendedor são, em essência, contratos que podem gerar demandas legais posteriores.
“É uma tendência legal em crescimento no Brasil, que gera necessidade de armazenar e-mails, por exemplo”, comenta Alessandra Vernier, advogada associada do Guazzelli & Torrano.
Com um pé na TI
A história de como a Guazzelli & Torrano chegou a desenvolver um sistema de gerenciamento tão completo passa por um colaborador com dupla personalidade, analista de sistemas e advogado.
“Ele se irritava com o sistema de terceiros que nós usávamos três anos atrás e acabou decidindo criar um sozinho”, comenta Alessandra. “Eu também tenho um pezinho na TI, sou filha de uma analista”, brinca a advogada.
O advogado com dons de programação decidiu apostar no seu segundo talento, e hoje toca uma bem sucedida empresa de informática.