Grau de Eficiência da Gestão da TI (Gestão da Capacidade de Atendimento de Demanda de TI)
Há muito se fala na capacidade da TI em gerar e garantir eficiência na sua gestão para atender o negócio.
O que, na verdade, está em jogo não é só o quanto a TI entende o negócio, ou quanto entende a prioridade e criticidade da estratégia da empresa na tomada de decisão para potencializar o negócio e para garantir que a operação seja devidamente atendida, mas, o quanto a estratégia da TI está alinhada estratégia da empresa.
Parece bastante óbvio, mas a prática ensina que existe uma distância expressiva entre as direções que estas estratégias seguem, e, que pode gerar um abismo na percepção da eficiência da TI, onde, muitas vezes, nem se considera como um fator crítico de sucesso e nem há a devida valorização do real impacto no resultado final para o negócio.
Logo, quando o “norte estratégico” não é o mesmo, fica muito difícil acertar o caminho e demonstrar que se está no caminho certo.
Construir uma estratégia sólida de TI e devidamente costurada à estratégia da empresa é, que, de fato, determinará o grau de eficiência da gestão da TI.
A eficiência está diretamente conectada a compreensão e à habilidade da TI e todo o seu time em perceber a importância do autoconhecimento e em se posicionar colaborativamente voltando o seu foco para o negócio e para as áreas de negócio.
Sim. O foco são os outros.
Estar aberto para conhecer a si mesmo, ouvir os outros e ouvir verdadeiramente si mesmo, compreendendo o que está “pegando” e que funciona bem, é o que fará diferença.
Mas para isso é preciso considerar fazer-se algumas perguntas que ficam represadas e não se tornam parte das discussões saudáveis que devem haver tanto internamente quanto externamente na TI, com todos os seus públicos, e, que fazem com que o direcionamento estratégico mantenha-se fechado a 4 chaves. E por fim, nos momentos mais inoportunos, este parece ser “desvendado” pela empresa inteira sempre que um problema aparece ou sempre que algo não funciona como deveria funcionar. Logicamente, gerando a percepção mais negativa possível.
E é aí que a TI pode ficar na vitrine, gerando muitas explicações, nem sempre convincentes, sobre a sua própria atuação.
Fazer as perguntas que são incômodas quando se está construindo a estratégia ou executando-a, é fundamental para a TI conhecer e compreender como e porque produz o resultado que produz. Seja prático, seja na percepção sobre si...
A TI entende adequadamente a sua capacidade em atender demandas (originadas do Planejamento Estratégico, da Central de Serviços e das Áreas de Negócio)?
A TI está preparada para atender as variáveis incontroláveis externas que impactam na sua capacidade de atendimento?
A TI entende porque acaba por focalizar na operação e, muitas vezes, e não prioriza os os projetos estratégicos? Se são eles que atendem a estratégia desenhada pela empresa...
A TI compreende bem como o seu time funciona e como funciona interagindo com os seus públicos?
A TI se posiciona consistentemente com as Áreas de Negócio, com a Diretoria, com os Fornecedores e Parceiros, sempre com o olhar da estratégia da empresa?
A TI sabe colaborar? Mesmo que os outros não o façam...
A TI sabe negociar ao invés de dizer que “não dá para fazer”?
Claro, que não são só estas perguntas que precisam estar no radar da TI, mas a partir delas já se pode compreender e conhecer muito sobre a localização da TI versus a estratégia da empresa.
É sempre difícil olhar para si mesmo, sem emoção, e avaliar criteriosamente o que deve ser potencializado e o que deve ser repensado. Desde metodologias, soluções, linguagens, “lata”, até o perfil da equipe, a rotatividade, o conhecimento (do negócio, técnico e estratégico), os indicadores, a gestão sobre tudo na TI.
É sempre difícil fazer isso contando apenas consigo mesmo e, por mais que se tenha habilidade, o contexto, às vezes, pode limitar e não tornar possível uma avalição isenta que aponte os caminhos de solução, na direção que irá resolver. Porque a direção requer que haja colaboração que vai além da TI.
Por isso, podemos colaborar e construir juntos a ponte entre a estratégia da TI e a estratégia da empresa. Sempre focalizando em fazer o que é melhor para o negócio, com muita transparência e responsabilidade.
É assim que atuamos, colaborando com a TI para manter o olhar com muito cuidado sobre si mesma e seus públicos, e, para manter-se atenta em garantir que a sua estratégia esteja alinhada a estratégia da empresa.
E também em apoiar a compreensão do que significa efetivamente garantir este alinhamento e o que deve ser planejado e realizado para gerar esta garantia.
Saiba que o grau de eficiência da gestão da TI se inicia pela permissão em gerar um espaço para ouvir.
Então, escolha ouvir.
Sívia Somenzi
Diretora Presidente Soluzzione